O Vento sopra pelo lado de fora da casa, pela janela vejo o céu alaranjado.


Eu do lado de dentro, sinto um frio diferente, um frio de medo, um frio conhecido.


Meu coração inquieta-se, e um medo retorna as minhas lembranças, como se fosse ao começo daquele Outono, aquele doce outono com cara de verão, onde me vi fraco, e solitário, aquele outono em que te perdi.
Não existirão palavras para descrever como me encontrei, e o que fosse escrito jamais seria um por cento do que vivi naqueles dias, só posso dizer que a tristeza em que passei por não ter você, é a maior dor que alguém pode sentir no mundo.
E eu novamente me encontro como naquele dia de outono. Parado. A respiração custa a acontecer naturalmente, já que o desejo da minha mente neste momento é outro.
Novamente eu vivo aquele começo de outono, onde os sorrisos eram raros, e as lágrimas abundantes.
Novamente experimento a terrível sensação de viver em um mundo sem você.
Novamente descubro o quão fraco é meu ser, que sem sua luz e seu amor não consegue dar um passo, pois só imagina um abismo a sua frente.
Um abismo de dor, em que não quer mais mergulhar.
Um abismo de sofrimento, onde noites são passadas com choros, às claras.
Um abismo de falsas alegrias, geradas por algo mágico, algo que seduz e engana os de coração puro e ingênuos.
Um abismo encantado, chamado amor.

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